segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Música, aprendizado e oportunidades


Eu tenho minhas preferências musicais (criticadas muitas vezes pela própria família rs). Sou chicleteira, e sempre serei, independente do rumo que a banda tomou. Não sigo a nova formação do Chiclete com Banana como fazia antes, mas carrego na alma os acordes da formação que ficará para sempre na memória dos chicleteiros. Ser chicleiteira, na verdade, é muito mais do que gostar da música, é algo inexplicável, que tem a ver com emoção, com explosão de sentimentos (uma história à parte, de que podemos falar num outro momento).

Ouço e gosto de outros tipos de música, obviamente. Axé é uma das minhas paixões, mas sempre ouvi e sempre vou gostar de bossa nova, mpb, rock nacional.

Acho que música é alimento para a alma. Por isso, desde pequeno coloquei o Gab na escola de música. Não para que ele se torne músico, mas para que ele compreenda a sutileza das notas musicais, que ele se alimente de algo bom, para que ele seja mais concentrado, para que tenha contato com as mais diferentes melodias e os mais variados ritmos.

Ele, com seis anos, tem suas preferências musicais advindas da coletividade, normal para a idade. Funk está entre as principais delas. Tocam no rádio, os amigos cantam. Muitos me preguntam porque pago aula de música para ele no fim cantar funk. A resposta que dou é simples. Proporciono para ele a oportunidade de conhecer o diversificado mundo da música para que ele, quando tiver discernimento e autonomia, escolha qual ritmo fará o coração dele bater mais forte. E com essa oportunidade, ele será capaz também de apreciar todas as opções musicais com carinho.

E ele não canta só funk e nem acho a ideia do funk ruim (algumas letras são pobres e desnecessárias, mas não podemos dizer que não existe valor no ritmo) . Já me emocionei com ele cantando no carro bossa nova perfeitamente ritmada, assim como cantando envergonhadamente MPB num show em um teatro.
Acredito de verdade que a arte, em todas as suas expressões, faz com que as crianças se tornem mais sensíveis e mais inteligentes. Proporciono isso a ele e, apesar de às vezes a preguiça falar um pouco alto, vejo e sinto que ele tem um olhar diferente e que senta comigo, por exemplo, e assiste a programas musicais com gosto e entendimento.

Faz parte do nosso papel de pais proporcionar aos filhos experiências artísticas. No meu caso, ofereço a música. Preciso oferecer mais teatro, artes plásticas. Faz parte dos meus planos.

Precisamos criar uma geração mais sensível e que use a criatividade inata de forma mais proveitosa. 
Acredito de verdade que a arte pode fazer isso.



O que você proporciona aos seus filhos? Divida com a gente.

Por Olívia Quartim

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