Eu tenho minhas preferências musicais (criticadas muitas
vezes pela própria família rs). Sou chicleteira, e sempre serei, independente
do rumo que a banda tomou. Não sigo a nova formação do Chiclete com Banana como
fazia antes, mas carrego na alma os acordes da formação que ficará para sempre
na memória dos chicleteiros. Ser chicleiteira, na verdade, é muito mais do que
gostar da música, é algo inexplicável, que tem a ver com emoção, com explosão
de sentimentos (uma história à parte, de que podemos falar num outro momento).
Ouço e gosto de outros tipos de música, obviamente. Axé é
uma das minhas paixões, mas sempre ouvi e sempre vou gostar de bossa nova, mpb,
rock nacional.
Acho que música é alimento para a alma. Por isso, desde
pequeno coloquei o Gab na escola de música. Não para que ele se torne músico,
mas para que ele compreenda a sutileza das notas musicais, que ele se alimente
de algo bom, para que ele seja mais concentrado, para que tenha contato com as
mais diferentes melodias e os mais variados ritmos.
Ele, com seis anos, tem suas preferências musicais advindas
da coletividade, normal para a idade. Funk está entre as principais delas.
Tocam no rádio, os amigos cantam. Muitos me preguntam porque pago aula de
música para ele no fim cantar funk. A resposta que dou é simples. Proporciono
para ele a oportunidade de conhecer o diversificado mundo da música para que
ele, quando tiver discernimento e autonomia, escolha qual ritmo fará o coração
dele bater mais forte. E com essa oportunidade, ele será capaz também de
apreciar todas as opções musicais com carinho.
E ele não canta só funk e nem acho a ideia do funk ruim
(algumas letras são pobres e desnecessárias, mas não podemos dizer que não
existe valor no ritmo) . Já me emocionei com ele cantando no carro bossa nova
perfeitamente ritmada, assim como cantando envergonhadamente MPB num show em um
teatro.
Acredito de verdade que a arte, em todas as suas expressões,
faz com que as crianças se tornem mais sensíveis e mais inteligentes.
Proporciono isso a ele e, apesar de às vezes a preguiça falar um pouco alto,
vejo e sinto que ele tem um olhar diferente e que senta comigo, por exemplo, e
assiste a programas musicais com gosto e entendimento.
Faz parte do nosso papel de pais proporcionar aos filhos
experiências artísticas. No meu caso, ofereço a música. Preciso oferecer mais
teatro, artes plásticas. Faz parte dos meus planos.
Precisamos criar uma geração mais sensível e que use a
criatividade inata de forma mais proveitosa.
Acredito de verdade que a arte
pode fazer isso.
O que você proporciona aos seus filhos? Divida com a gente.
Por Olívia Quartim
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