segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Esporte, especialização precoce, muitas dúvidas e muitos porquês


A geração de hoje tem muito mais afazeres e atividades extras do que as anteriores. Sempre me questiono sobre o quanto isso é, de fato, saudável.

Diante dessa realidade, algumas questões surgem com relação ao que deve ou não ser oferecido desde a mais tenra idade.

Já falei sobre o ensino de música e essa reportagem, cujo link segue abaixo,fala sobre os benefícios da introdução musical desde cedo. http://www.antroposofy.com.br/wordpress/criancas-que-tem-aula-de-musica-ampliam-suas-funcoes-cognitivas-para-sempre/



Mas hoje quero falar sobre os esportes. Os mais diferentes esportes são oferecidos para crianças cada vez menores e, na maioria das vezes, os pais sequer fazem ideia do real objetivo que se busca com um esporte para crianças.

Eu mesma só parei para pensar no assunto quando o professor de futebol do Gab, antes do primeiro amistoso da turma dele, entregou para cada pai um texto com o tema “Esporte e especialização precoce”.

O professor Christiano Streb Ricci é excelente. Não só o Gab como todos os alunos gostam muito dele e os pais confiam no seu trabalho. Diante de tudo isso, então, o texto fez com que eu refletisse de forma mais profunda sobre o assunto.

O texto traz a história do esporte e da especialização, alguns exemplos e pesquisas que mostram que a especialização precoce não colabora para a profissionalização e mostra a posição dele sobre o trabalho que faz.

“Entendemos o campo e a quadra como um espaço social... ali estão ocorrendo relações e interações entre seres humanos em tenra idade que devem aprender a conviver em sociedade, respeitar as qualidades e os limites de cada um, cooperar e se solidarizar com o colega e não apenas querer ser o melhor sempre.”

“A preocupação é com o processo e não apenas com o fim.”

“A busca é pelo desenvolvimento coordenativo geral antes de iniciarmos com a especificidade do esporte que envolve aspectos táticos, técnicos, físicos e psicológicos próprios de cada etapa do processo de desenvolvimento da criança.”

Eu, como mãe, achei muito importante ler esse texto e buscar mais sobre o assunto. Era o que eu queria para meu filho. Ofereço atividades para que ele se desenvolva como ser humano e não como músico ou esportista.

Acho que nós, como pais, devemos sempre ter muito claro quais são e devem ser nossos objetivos quando oferecemos algo a eles. Se não sabemos o que queremos, como poderemos fazer com que eles aproveitem essas oportunidades da melhor forma possível?!

Por Olívia Quartim


Segue o texto do prof. Chris na íntegra.








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